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O juiz federal Eduardo Appio, em entrevista ao programa Dando a Real com Leandro Demori, da TV Brasil, revelou suspeitas de espionagem política na 13ª Vara de Curitiba, confirmadas por um relatório do ex-corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luis Felipe Salomão. Appio, que atuou na Vara responsável pelos processos da Lava Jato em 2023, apontou irregularidades e abusos cometidos sob o comando de Sergio Moro.
Appio destacou a retirada do sigilo de processos cruciais, como o que envolvia uma conta bancária com R$ 5 bilhões, mantida em segredo por Moro desde 2016. Segundo ele, havia planos de criar uma instituição privada para gerir esses recursos, o que excluiria o Tribunal de Contas da União (TCU) de qualquer fiscalização.
O afastamento de Appio da Lava Jato foi marcado por um episódio envolvendo o desembargador Marcelo Malucelli, que restabeleceu uma ordem de prisão contra Rodrigo Tacla Duran, advogado crítico de Moro. Appio havia suspendido essa ordem para que Duran pudesse prestar depoimento no Brasil, mas acabou sendo afastado após ser acusado de ter feito uma ligação ao filho de Malucelli, sócio de Moro.
Em sua defesa, Appio admitiu que sua conduta ao checar a relação entre o filho de Malucelli e Moro foi inadequada, mas reforçou que seu objetivo era combater a corrupção. Ele afirmou que sua remoção da 13ª Vara foi articulada por Moro, com apoio de setores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
O juiz lamentou não ter conseguido avançar mais nas investigações sobre as práticas irregulares na Lava Jato e reafirmou seu compromisso com a luta contra a corrupção, enfatizando que sua permanência teria permitido um aprofundamento das investigações.
Com informações do Brasil 247
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