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O sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre, considerado "robusto, eficiente e fácil de operar e manter", falhou devido à falta de manutenção permanente pela prefeitura, conforme avaliado por um grupo de 42 engenheiros, arquitetos e geólogos. Esses profissionais divulgaram um manifesto na última quinta-feira (23), explicando como a cidade foi tomada pela água do Guaíba na maior enchente da história da capital gaúcha.
Projetado na década de 1970 por engenheiros alemães e inspirado em modelos holandeses, o sistema de Porto Alegre inclui cerca de 60 km de diques e barragens, que protegem importantes avenidas e rodovias. O sistema também conta com o Muro da Mauá, que protege a área central da cidade, 14 comportas para controle da água e 23 casas de bombas hidráulicas.
Os especialistas apontam que a falta de manutenção nas comportas e nas casas de bombas foi crucial para a inundação. Eles destacaram que, apesar das fortes chuvas de novembro de 2023, os reparos necessários não foram realizados, o que levou ao alagamento da área central de Porto Alegre durante as cheias de maio deste ano.
O engenheiro Vicente Rauber criticou a falta de ações emergenciais para consertar os vazamentos nas comportas, o que poderia ter evitado grande parte da inundação. Augusto Damiani, ex-diretor do DEP e DMAE, enfatizou a simplicidade e a eficiência do sistema, destacando a importância de manter as casas de bomba operacionais.
A prefeitura, através do DMAE, negou a falta de manutenção, afirmando que 11 das 23 bombas estão em funcionamento e que as demais estão sendo consertadas. O prefeito Sebastião Melo atribuiu a falha à concepção original do sistema e ao fenômeno climático extremo.
Com informações da Agência Brasil
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