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Quatorze policiais militares foram presos ontem, acusados de tortura contra um colega dentro do Batalhão de Choque em Brasília. A operação, coordenada pela Justiça Militar e pela Corregedoria da Polícia Militar do DF, incluiu a apreensão dos celulares dos envolvidos e a execução de mandados de prisão temporária. O policial vítima das agressões, que não teve seu nome divulgado, foi internado com severas lesões e relatou ter sido torturado durante oito horas para assinar um termo de desistência de um curso de formação.
O soldado sofreu múltiplas lesões graves, incluindo insuficiência renal, rabdomiólise, ruptura muscular, lesão no menisco, hérnia de disco, além de lesões lombares e cerebrais. Ele descreveu ter sido submetido a abusos físicos e psicológicos extremos, como ser obrigado a correr enquanto era agredido e cantar músicas humilhantes, além de ser exposto ao gás lacrimogêneo.
Em resposta à gravidade dos eventos, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios decidiu pela suspensão do curso de formação enquanto prosseguem as investigações. O coordenador do curso pediu desligamento voluntário, e a situação gerou repercussões significativas dentro da corporação.
A Polícia Militar do DF afirmou que o soldado havia deixado o batalhão alegando estar bem, mas mais tarde procurou atendimento médico devido às graves condições físicas resultantes da tortura. A instituição enfrenta agora questionamentos sobre suas práticas internas e a segurança de seus cursos de formação.
Este incidente levanta sérias preocupações sobre a conduta e a cultura interna dentro das forças policiais, destacando a necessidade urgente de reformas e maior fiscalização. A situação expõe a vulnerabilidade dos membros da corporação a práticas abusivas e a importância de garantir que tais comportamentos sejam rigorosamente investigados e punidos.
Com informações do UOL
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