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O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai nesta quarta-feira (3), à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, primeira etapa de tramitação do texto, para debater a proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19).
Segundo o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), a audiência pública deve ser longa, mas "proveitosa".
"A duração da audiência vai depender do número de inscritos. Já temos quase 50 deputados inscritos. Às 13h30, vamos abrir a ficha de inscrição. Acredito que o Paulo Guedes vai ficar pelo menos até os deputados todos poderem utilizar a palavra", disse o deputado na terça-feira (2), após reunião com líderes da base aliada na residência oficial da Câmara.
Mas Guedes não terá vida mansa. Os parlamentares querem que o ministro esclareça pontos da reforma previdenciária dos trabalhadores civis, a alteração do regime previdenciário dos militares e a reestruturação da carreira das Forças Armadas. A oposição está afiada e vai questionar o ministro sobre as maldades contra os trabalhadores contidas na proposta do governo Bolsonaro.
A audiência com o ministro estava marcada para 26 de março, mas Guedes cancelou a ida, justamente por temer questionamentos e porque a base de apoio do governo encontrava-se esfacelada.
Ontem, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após participar de reunião com deputados e o ministro da Economia, afirmou que o governo vai continuar a defender a proposta integral de reforma da Previdência, mas admitiu que o governopode recuar em relação às novas regras de aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), aspectos do projeto que revelam as maiores crueldades contra as pessoas mais carentes.
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