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Quem jantou no Centro Emergencial Prates na noite desta quinta-feira (25) se deparou com um prato de arroz, feijão, almôndegas e macarrão ao molho. Até aí tudo bem, se a comida não estivesse estragada. O G1 conversou com seis acolhidos no local, no Centro de São Paulo, que relataram o problema. Destes, dois passaram mal.
O Centro Emergencial Prates foi o escolhido para receber os acolhidos da região da Cracolândia. Roberto Bruzzesse, de 30 anos, estava deitado na tenda da Rua Dino Bueno na manhã desta sexta-feira (26). Ele teve diarreia durante a madrugada. "Isso não é centro de acolhida para mim. Tão tratando a gente igual bicho, isso para mim é lavagem. O certo não deveria dar para ninguém essa comida".
Outro acolhido que teve problemas com a comida foi Antônio Marcos, de 42 anos. "Estou com uma bola no estômago". "Aí eles falaram para a gente que ia ter mais comida. Chegou pão com mortadela, mas não deu para todo mundo".
Quando os assistidos perceberam que a comida não estava boa, houve um princípio de tumulto. "Iam quebrar tudo lá se não dessem outra comida", disse um morador em situação de rua que preferiu não se identificar. Após o ocorrido, o local serviu pão com salsicha e mortadela.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que as marmitex são entregues por uma empresa terceirizada em caixas de isopor.
"Na noite de quinta-feira (25), a comida não estava em condições ideais para consumo das pessoas acolhidas. Por conta disso, o serviço providenciou a compra de pão, frios e refrigerante para que os acolhidos não fossem prejudicados. A secretaria está apurando junto à empresa fornecedora o motivo do problema", disse a secretaria em nota.
A pasta informou ainda que, em caso de irregularidade, a empresa prestadora do serviço será punida. O Centro Emergencial Prates tem 300 vagas fixas - foram montadas mais 300 emergenciais.
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