15/12/2016 23:26

Na pista de Cunha, surge mais um acerto entre Temer e Odebrecht

915 visitas - Fonte: tijolaco

Márcio Faria, então presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, teria, segundo a Folha de S. Paulo, que participou em 2010 de um encontro com Michel Temer e Eduardo Cunha para, em troca de doações eleitorais, ter acertado Odebrecht a contratação de obras Plano de Ação de Certificação em Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras.



Encontro em tudo já antecipado por uma das perguntas que Eduardo Cunha havia formulado a Temer, na condição de testemunha, e que foi vetada por Sérgio Moro. É a de número 34:



34 – Vossa Excelência tem conhecimento se houve alguma reunião sua com fornecedores da área internacional da Petrobrás com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010, no seu escritório político na Avenida Antônio Batuira, nº 470, em São Paulo/SP, juntamente com o Sr. João Augusto Henriques?



Ao contrário das montagens feitas contra Lula, há data, lugar e presença, não meras “convicção”.



Temer está acuado, sem saber que grau de comprovação têm o delator e teve de admitir o encontro, dizendo que não sabe com quem foi, mas apenas porque o empresário queria “conhecê-lo”.



Para quem conhece estas coisas, é evidente que, mesmo se não houver o pedido explícito, este tipo de reunião é o “aval” dado à falcatrua. como um “eu garanto o negócio” feito e levado ao garantidor.



Na reunião que Temer não tem como negar, estava também João Henriques, lobista preso pela Lava Jato que Henriquesjá declarou que “se aproximou do PMDB por influência do hoje vice-presidente Michel Temer, ainda nos anos 1990”.



A crise sobre um degrau, porque não é só um pedido de dinheiro para campanha, mas a oferta de vantagem em contratações.



Repito o que foi dito aqui: as perguntas de Eduardo Cunha, metade delas censuradas por Moro, são o início da delação que, se o Ministério Público deixar acontecer, é, de fato a “delação do fim do mundo”: a de Eduardo Cunha.

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