Após admitir crime, Geddel desafia Temer: ele não tem como me demitir

Portal Plantão Brasil
19/11/2016 16:29

Após admitir crime, Geddel desafia Temer: ele não tem como me demitir

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Depois de ter admitido que pressionou o Iphan a rever o embargo de uma obra onde tem um imóvel de R$ 2,4 milhões (leia aqui), o que constitui crime de advocacia administrativa, por ter usado um cargo público para defender seu interesse pessoal, o ministro Geddel Vieira Lima concedeu uma entrevista ao jornalista Gustavo Uribe (leia aqui a entrevista), e negou ter pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a despeito de todas as evidências que apontam na direção inversa.



"Eu tratei com ele do tema, com a transparência que o tema exigia, fazendo ponderações de um assunto que está judicializado. Em nenhum momento houve pressão. E a maior demonstração disso, e que torna a questão dele ainda mais incompreensível, é que a posição final que prevaleceu foi a dele", disse Geddel.



Na verdade, Calero não só perdeu a disputa, como se demitiu do cargo, alegando que Geddel foi truculento e queria obrigá-lo a participar de uma maracutaia.



O ministro também disse que não se vê impedido de tratar do tema – que não tem qualquer relação com a sua atividade governamental – pelo fato de ter comprado uma unidade no empreendimento.



"Em 2015, eu fiz uma promessa de compra e venda de uma unidade que estava lançada, sem nenhum problema, com todas as licenças colocadas e que vários outros adquiriram uma unidade de apartamento. O que não me tira, me dá legitimidade para levar a ele um problema por conhecer o que estava ocorrendo, estar preocupado, como todo cidadão fica preocupado em uma situação dessa", disse ele.



Geddel também sugeriu que Michel Temer não condições de demiti-lo. "O presidente tinha lido a entrevista, ficou também sem entender as razões, até porque o Calero não colocou essas razões para ele e se especulou o que tinha havido. O presidente chegou a fazer um apelo para que ele permanecesse na função. E orientou que eu procurasse responder com a tranquilidade que eu estou respondendo, com a verdade. Manifestou seu respeito, carinho e apoio à nossa posição", disse ele. "Eu conheço o presidente há 25 anos. Eu não preciso que ele manifeste confiança para saber até quando ele confia em mim."



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