Indicado por Temer para Petrobrás, quer acelerar entrega do pré-sal ao americanos

Portal Plantão Brasil
2/6/2016 14:13

Indicado por Temer para Petrobrás, quer acelerar entrega do pré-sal ao americanos

"A Petrobras apoia a revisão da lei do pré-sal", afirmou o novo presidente da Petrobras nesta quinta-feira 2, durante cerimônia de transmissão de cargo na sede da estatal, sem a presença do presidente anterior, Aldemir Bendine; "Como está, a lei não atende aos interesses da empresa nem do país. Se a exigência não for revista, a consequência é retardar sem previsão a exploração do pré-sal. Além disso, restringe a liberdade de escolha da empresa", sustentou Pedro Parente, sobre a lei que obriga a

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6200 visitas - Fonte: Brasil 247

Brasil 247



247 – Em seu primeiro discurso como presidente da Petrobras, Pedro Parente defendeu, nesta quinta-feira 2, a revisão da lei do pré-sal. "A Petrobras apoia a revisão da lei do pré-sal", afirmou, durante cerimônia de transmissão de cargo na sede da estatal, no Rio, sem a presença do presidente anterior, Aldemir Bendine.



"Como está, a lei não atende aos interesses da empresa nem do país. Se a exigência não for revista, a consequência é retardar sem previsão a exploração do pré-sal. Além disso, restringe a liberdade de escolha da empresa", sustentou o executivo, sobre a lei que obriga a Petrobras a ter participação mínima obrigatória de 30% em todos os campos de exploração.



"Entendemos que uma política de conteúdo nacional é necessária. Mas, para isso, deve incentivar a inovação", acrescentou. Segundo ele, que prevaleça pela competência quem passe pelo teste ácido da concorrência. O novo presidente da petroleira disse também que seguirá com o plano de desinvestimentos da companhia e afirmou que a "euforia e o triunfalismo dos anos recentes não servem mais para esconder a situação da companhia".



Parente foi alvo de protestos da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que considera sua nomeação para o cargo uma "desmoralização". Para os petroleiros, a posse de Parente é a volta do PSDB à Petrobras. A entidade chegou a tentar impedir que Pedro Parente fosse empossado enviando uma carta ao Conselho de Administração da estatal, mas não foi atendida.



Leia mais na reportagem do portal Infomoney:



Parente quer mudar lei do pré-sal, "alfineta" euforia dos últimos anos e discorda de capitalização

Novo CEO da Petrobras discursou em cerimônia de transmissão de posse na sede da estatal, nesta quinta-feira



Por Lara Rizério



SÃO PAULO - Pedro Parente participou nesta quinta-feira (2) de cerimônia de transferência de cargo depresidente da Petrobras, no Salão Nobre do Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro. Ontem, Parente tomou posse como presidente da estatal durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.



Hoje, o presidente do Conselho de Administração Nelson Carvalho iniciou as suas considerações destacando a relação que tem há diversas décadas com Pedro Parente. Ele também elogiou o CEO anterior Aldemir Bendineque, segundo ele, entrega a Parente uma companhia muito melhor do que recebeu. Ele afirmou que houve uma promoção da reestrutura organizacional e revisão significativa de gastos e com investimentos de capital.



No início de seu discurso, Parente afirmou que a Petrobras é uma companhia que não pode se negar a enfrentar os problemas que têm pela frente. Os preços do petróleo, embora tenham oscilado, caíram mais de 50%; a recuperação econômica não é uma realidade. Romper barreiras técnicas e fazer a um custo compatível com a empresa e competitividade para o mundo.



"Entendemos que uma política de conteúdo nacional é necessária. Mas, para isso, deve incentivar a inovação", destacou, afirmando que prevaleça pela competência que passe pelo teste ácido da concorrência.



A empresa aprova a mudança na lei de regulação do pré-sal, afirmou, destacando que a lei atual não atende nem os interesses da empresa como do País. Isso por duas razões: se a exigência não for revista, pode retardar a exploração e, em segundo lugar, por motivo estrutural, uma vez que retira a liberdade da empresa de escolher os seus projetos, o que é imperdoável para uma empresa listada em Bolsa.



Ele ainda afirmou que a " euforia e o triunfalismo dos anos recentes não servem mais para esconder a situação da companhia". Parente ainda destacou que a Petrobras foi vítima de uma quadrilha organizada e que tem a responsabilidade de recuperar a imagem, destacando que a petroleira tem que enfrentar os problemas com transparência e é uma das principais interessadas em buscar a verdade.



O executivo falou que não gosta da visão de que é necessária uma capitalização pela União. Isso porque coloca nas costas do contribuinte brasileiro um ônus e que também seria um desconhecimento do grave quadro fiscal, além de haver dificuldades práticas. O CEO afirmou que a Petrobras vai encontrar uma saída além da capitalização.



Ele voltou a defender a importância da venda de ativos e destacou que lista de desafios da Petrobras é longa, mas que quer conversar com o Ministério de Minas e Energia e com os institutos ligados ao setor de energia. Parente ainda pediu aos funcionários que mantenham a dedicação e o empenho pela empresa, para que ela volte a ser a companhia "dos sonhos dos jovens" e símbolo de orgulho de todos os brasileiros.



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