Uruguai, Chile, Bolívia, Venezuela, Equador, El Salvador, Nicarágua não reconhecem Temer como presidente

Portal Plantão Brasil
15/5/2016 09:39

Uruguai, Chile, Bolívia, Venezuela, Equador, El Salvador, Nicarágua não reconhecem Temer como presidente

Rússia diz que ainda não vai chamar embaixador de volta; China diz que situação é difícil

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O ministro das Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, fez questão de se posicionar mais uma vez em relação ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e garantiu que o governo do país cisplatino não tem intenções de reconhecer Michel Temer (PMDB) como presidente do país.



“O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. (...) A posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito disso”, disse Nin Novoa em entrevista a jornalistas na última quinta (12), data do primeiro dia de mandato do presidente em exercício.



Perguntado se irá entrar em contato com Temer ou com alguém de seu gabinete, o chanceler foi direto: “Não [haverá nenhum tipo de comunicação]. Já dissemos o que deveríamos ter dito, de maneira que não temos mais nada a agregar.”



Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou mais cedo que a direita brasileira quer dar um golpe na presidente Dilma Rousseff e "castigar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não volte à presidência.



Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta sexta-feira que a crise política do Brasil faz parte de um "novo plano Condor" contra os governos progressistas da região.



Venezuela

Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia manifestado apoio a Dilma e Lula, chamando a crise política no Brasil de "golpe de estado midiático e judicial".



"Você acha que isso é casualidade? É o novo plano Condor (aplicado na década dos 70 pelas ditaduras militares do Cone Sul para coordenar o extermínio de opositores) contra os governos progressistas", declarou o mandatário em uma entrevista na rede televisão oficial. A Venezuela fechou sua embaixada no Brasil.



Nicarágua e El Salvador

O presidente de El Salvador, Sánchez Cerén, declarou que há um golpe acontecendo no Brasil e que o próximo passo será chamar a embaixadora de volta ao país e fechar a embaixada no Brasil.



Rússia e China

A Ministra das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou que “é inaceitável a interferência externa na atual situação política do Brasil” e que Moscou espera um país “estável e democrático”. A China tem a mesma posição. Ambos fazem parte dos BRICS, ao lado de Brasil, Índia e África do Sul.



Chile

De acordo com o portal da TeleSur, o governo do Chile também manifestou sua preocupação com as circunstâncias em que Dilma foi afastada. “Nos preocupamos com a nossa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”, alegou institucionalmente em comunicado. O país não pretende manter contato com o governo Temer.



Outras legendas e órgãos, como o Die Linke, da Alemanha, e o PSUV, da Venezuela, bem como a Unasur (União das Nações Sul-Americanas), também criticaram duramente o processo.



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