96105 visitas - Fonte: Revista Época
Um documento relacionado à Operação Castelo de Areia, que prendeu nesta quarta-feira (25) quatro diretores da construtora Camargo Corrêa e outras seis pessoas, cita uma contribuição de R$ 100 mil de uma empresa do grupo ao ex-governador de Pernambuco José Mendonça Filho, do DEM. O documento também fala em outros R$ 300 mil para o PMDB, mas sem especificar candidato ou região. No caso do PMDB, o documento reproduz a expressão "aprovado por fora", que teria sido dita na conversa gravada.
As duas contribuições foram citadas por Fernando Dias Gomes numa conversa com Pietro Francisco Bianchi, ambos funcionários da construtora presos pela PF. O documento diz que as contribuições são da "empresa Kavo, do Grupo Camargo Corrêa". Trata-se, na verdade, da Cavo Serviços e Meio Ambiente, especializada no tratamento de resíduos, águas e efluentes, tradicional doadora de campanhas ele
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Na eleição de 2008, segundo as informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral, a Cavo Serviços e Meio Ambiente, que pertence ao grupo Camargo Corrêa, doou R$ 675 mil para diversos candidatos e comitês financeiros. Mas não consta nenhuma doação para Mendonça Filho, que foi derrotado na disputa pela prefeitura de Recife. Também não há nada registrado para o comitê financeiro do DEM da capital pernambucana. Com relação ao PMDB, há uma doação da Cavo para o comitê financeiro municipal do partido em Salvador, mas de R$ 200 mil. São R$ 100 mil a menos do que o mencionado no documento da investigação.
Mendonça Filho, que atualmente é presidente do diretório regional do DEM de Pernambuco, afirma que recebeu duas contribuições da Camargo Corrêa no ano passado que totalizam R$ 300 mil. As doações, diz, não foram feitas diretamente ao seu comitê financeiro, mas ao Diretório Nacional do DEM. "O Diretório Nacional repassou o dinheiro ao Diretório Municipal e o Municipal repassou a minha campanha. Foram uma doação de R$ 200 mil e outra de R$ 100 mil. Tudo dentro da lei", afirma. "Na ocasião, o Diretório Nacional informou que o dinheiro que estava sendo enviado era da Camargo Corrêa", diz. "Não sei se era exatamente da Camargo ou de uma empresa da Camargo, mas esta tudo declarado conforme a lei".
A prestação de contas de Mendonça Filho mostra três doações de R$ 100 mil feitas pelo Diretório Municipal do DEM e outras duas de R$ 200 mil.
A Camargo Corrêa foi procurada, mas até o momento não se manifestou sobre o assunto.
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