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As prestações da moradias financiadas pelo “Minha casa, minha vida” ficarão até 237,5% mais caras, em julho, para os beneficiários da faixa 1, a mais baixa do programa, para famílias com renda bruta de até R$ 1.800 por mês. O percentual refere-se ao valor máximo, que passará de R$ 80 para R$ 270 por mês, válidos para quem tem rendimento de R$ 1.200,01 a R$ 1.800. Já o valor mínimo, para famílias com renda até R$ 800, subirá 220%: de R$ 25 para R$ 80.
De acordo com o Ministério das Cidades, os novos valores passarão a valer para contratos assinados com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a partir do dia 1º de julho. A pasta alegou, em nota, que os reajustes se devem à “atualização dos custos da construção” e às “melhorias estabelecidas nesta nova fase”, referindo-se à terceira fase do programa, que prevê a construção de dois milhões de imóveis até 2018.
O ministério destacou, ainda, que, no caso do Rio, os valores subsidiados também subirão: uma família com renda mensal de R$ 800, por exemplo, tem a pagar, hoje, 120 prestações de R$ 40 — totalizando R$ 4.800 para uma moradia de R$ 76 mil. A partir de julho, serão 120 prestações, mas no valor de R$ 80 — num total de R$ 9.600 pagos. O imóvel, porém, será de R$ 96 mil. Como o percentual de subsídio permanece em 90%, na prática, o valor subsidiado pelo governo vai subir de R$ 71.200 (R$ 76 mil menos R$ 4.800 pagos) para R$ 86.400 (R$ 96 mil menos R$ 9.600).
O governo nega que os reajustes tenham sido motivados pela alta inadimplência dessa faixa do programa, de 23%, e que sejam destinados a cobri-la. O percentual é dez vezes maior do que a média de 2,33% de inadimplência em todas as linhas de crédito imobiliário da Caixa no primeiro trimestre do ano. O Ministério das Cidades afirmou, porém, que “verifica-se que a inadimplência está mais relacionada a outros fatores do que ao valor da prestação”.
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