1516 visitas - Fonte: Portal Vermelho
O inquérito estava no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República e decidiu desmembrar a investigação, enviando para o juiz Sérgio Moro as acusações contra os familiares do deputado, que não possuem foro privilegiado. O inquérito contra Cunha permanece no STF.
A esposa do deputado, a jornalista Claudia Cruz, é apontada como beneficiária de uma das contas mantidas por ele na Suíça. Já a filha Danielle Dytz da Cunha Doctorovich teria um cartão de crédito vinculado a uma das contas.
Nesta segunda (28), uma das novas contas bancárias de Cunha no exterior liga ao ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada, preso em Curitiba e condenado em 1ª instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema na estatal. Segundo aponta as investigações, Cunha seria o beneficiário de depósitos em 13 contas fora do país, em nome de offshores em paraísos fiscais. O escritório de advocacia que criou uma dessas empresas também criou as duas offshores usadas por Zelada para movimentar propina. Os empreendimentos e o escritório de advocacia têm sede no Panamá.
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirmam que Cláudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha Doctorovich gastaram cerca de US$ 86 mil em compras de luxo, pagas com dinheiro de propina.
Procuradores apontam compras em lojas de renome como Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton. Em janeiro de 2014, por exemplo, durante uma estadia em Paris, Claudia Cruz gastou US$ 17.483,84 em três dias. Foram US$ 7.707,37 na loja da Chanel, US$ 2.646,05 na Christian Dior, US$ 4.184,94 na Charvet Place Vendôme e US$ 2.945,48 na Balenciaga.
"Todos estes valores foram pagos com parte do dinheiro de propina recebido por Eduardo Cunha. As despesas pagas em cartão de crédito com as quantias ilícitas recebidas podem se verificadas nos extratos dos cartões de créditos da Corner Card. Referidos extratos demostram despesas completamente incompatíveis com os lícitos declarados do denunciado e de seus familiares", diz a denúncia.
Mais adiante, a denúncia do MPF detalha minuciosamente os gastos de Danielle Dytz. "Efetuou diversos gastos, inclusive em lojas de grife, tais como US$ 1 mil na loja de sapatos Christian Louboutin (em 27.12.2012), US$ 1.685,40, na Prada (02.01.2013); US$ 2.090,22 na Burberry (02.01.2012), US$ 1.526,67 na Ermenegildo Zegna (02.01.2013), US$ 1.246,54 na Alexander Macqueen (22.01.2013), US$ 1.267,09 na mesma loja (Alexander Macqueen), em 24.01.2013, US$ 1.774,77 (em 19.02.2013) e US$ 2.398,47 (02.03.2013) na loja de roupas feminina Santa Eulalia, em Barcelona; US$ 1.506,64 na loja Yves Saint Laurent em Barcelona (13.03.2013); US$ 2.666,51 na Burberry em Barcelona (16.03.2013), US$ 2.939,63 na Chanel em Nova Iorque (21.07.2013), US$ 5.243,00 na Chanel nos EUA (30.01.2014), US$ 1.853,07 na Bloomingdale's em Orlando (18.04.2014), US$ 2.759,43 e US$ 5 mil na loja Neiman Marcus, em Orlando (18.04.2014), US$ 2.659,30 na Hermès em Cannes e US$ 4.627,11 na loja Fendi em Nova Iorque".
Enquantos os procuradores da Lava Jato e a grande mídia tentam atribuir ao ex-presidente Lula um sítio que não é dele, o que farão com tais "gastos"?
Com informações de agências
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