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A colaboração entre o Brasil e o Cern, o principal centro de física de partículas da Europa, alcançou um novo marco: o país agora é um Estado-Membro Associado, uma distinção que nenhum outro país das Américas havia conquistado até o momento. O anúncio dessa evolução na parceria foi feito pelo próprio Cern em 22 de setembro, destacando que a formalização ocorreu no dia 13 do mesmo mês.
Essa associação amplia significativamente as oportunidades para o Brasil no cenário científico global. Com isso, o país pode agora designar representantes para participar das deliberações no conselho do Cern e no comitê financeiro, além de possibilitar que brasileiros concorram a vagas e programas específicos no centro. Importante também é a abertura gerada para a indústria nacional, que passa a ter a chance de disputar contratos oferecidos pelo Cern.
A relação entre o Brasil e o Cern já tem raízes profundas, iniciadas em 1990 com um Acordo de Cooperação Internacional. Esse acordo viabilizou a participação ativa de cientistas brasileiros no experimento Delphi, marcando o começo de uma frutífera colaboração. Hoje, instituições brasileiras contribuem em todos os principais experimentos do LHC (Grande Colisor de Hádrons), e cerca de 200 profissionais brasileiros entre cientistas, engenheiros e estudantes estão envolvidos nesses projetos.
Além disso, o Cern reconhece a parceria com o Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) desde 2020, focada em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de aceleração de partículas e suas aplicações. Esse reconhecimento reafirma a importância do Brasil no cenário de pesquisa científica global.
Embora a busca por comentários junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações tenha ficado sem resposta até o momento, o progresso dessa parceria já é um sinal significativo do comprometimento do Brasil com o avanço da ciência e da tecnologia.
Com informações da Folha de São Paulo
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