553 visitas - Fonte: G1
O Twitter informou nesta sexta-feira (15) que seu conselho de administração adotou por unanimidade o mecanismo de "poison pill", voltado para proteger acionistas minoritários. A medida foi tomada em resposta à proposta do bilionário Elon Musk de comprar a rede social por US$ 41,5 bilhões e torná-la uma empresa privada.
A medida, chamada formalmente de "plano de direitos dos acionistas de duração limitada", é usada para se proteger contra aquisições hostis. Segundo o Twitter, o objetivo é permitir que investidores "percebam o valor total de seu investimento".
Em comunicado, o Twitter afirmou que o plano reduzirá a probabilidade de que qualquer um obtenha controle da empresa sem pagar um prêmio a todos os acionistas ou sem dar tempo necessário para uma análise do conselho de administração.
"O plano de direitos não impede que o conselho se envolva com as partes ou aceite uma proposta de aquisição se acreditar que é do melhor interesse do Twitter e de seus acionistas", disse a companhia. O mecanismo será válido até 14 de abril de 2023.
Os direitos dos acionistas serão exercidos se uma pessoa ou empresa adquirir 15% ou mais das ações ordinárias do Twitter. Elon Musk informou no início de abril que adquiriu uma participação de 9,2% e se tornou o maior acionista individual da empresa.
’Plano B’
Na última quinta-feira (14), Musk afirmou que tem um ’plano B’ caso o Twitter não aceite sua proposta. O bilionário disse que os detalhes do que fará nesse cenário ficam "para outra hora".
Em evento TED, Musk disse que não tem a intenção de "fazer dinheiro" com a transação e que julga o Twitter como uma ferramenta para a liberdade de expressão no mundo.
Em mais de um momento, o magnata reforçou que o Twitter e qualquer outra plataforma devem seguir as leis dos países onde operam. "Obviamente, há algumas limitações à liberdade de expressão", comentou Musk.
Recentemente, o empresário tem questionado como a rede social lida com a liberdade de expressão, ao indicar comentários como questionáveis e bloquear usuários. No final de março, o executivo chegou a perguntar se uma nova plataforma seria necessária para manter essa liberdade.
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