318 visitas - Fonte: O Globo
A nota emitida pelas Forças Armadas contra o presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM), não pegou de surpresa o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Ontem, emissários do Palácio do Planalto procuraram Pacheco para comunicar o “alto grau de insatisfação” da cúpula militar com a manifestação de Aziz. A coluna apurou que chegou a Pacheco a informação de que as Forças Armadas iriam se manifestar sobre a fala do senador a respeito de corrupção entre alguns membros das Forças e que ainda poderiam “dobrar a aposta” caso houvesse novas declarações.
O presidente do Senado avaliou que era essencial baixar a fervura e optou por um discurso mais moderado sobre a manifestação militar. A fala de Pacheco desagradou boa parte de seus pares, que esperavam uma defesa mais incisiva do parlamentar. Ele destacou “respeito” aos militares em um discurso no plenário. À coluna, senadores afirmaram que Pacheco deveria ter se limitado a dizer que o dever das Forças Armadas é proteger a soberania nacional e não ameaçar outros poderes. O próprio Omar Aziz disse que a nota do Ministério da Defesa foi uma tentativa de intimidar a Casa.
A reação da Defesa foi considerada desproporcional pelo Congresso Nacional. Omar Aziz foi claro em dizer, ontem, que suas declarações se referiam a alguns militares que atuam no governo, e não à instituição. Como a coluna informou, integrantes da cúpula das Forças Armadas prometem uma reação “mais dura”, caso a CPI da Covid volte a fazer citações a suspeitas de corrupção envolvendo militares. Esses integrantes não explicaram, porém, que reação seria essa.
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